30 de julho de 2025
No contexto da pesquisa científica, do desenvolvimento de produtos e prestação de serviços laboratoriais para a saúde, a adoção de Boas Práticas Laboratoriais (BPL) é essencial para garantir a qualidade, reprodutibilidade e confiabilidade dos resultados. Mais do que um conjunto de normas, as BPL representam uma cultura organizacional focada na integridade científica e na rastreabilidade dos dados, especialmente em ambientes regulados ou de alto rigor técnico. A adoção de BPL é um pré-requisito técnico essencial para a geração de dados robustos, rastreáveis e reprodutíveis, especialmente em estudos regulatórios e de caráter não clínico. A estruturação metodológica baseada em diretrizes internacionais, não apenas assegura a qualidade analítica, como também viabiliza a conformidade com exigências de órgãos reguladores como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Brasil, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Mas, o que são boas práticas laboratoriais? As Boas Práticas Laboratoriais constituem um sistema de qualidade voltado para o planejamento, a execução, o monitoramento, o registro e o arquivamento de estudos laboratoriais. A origem das BPL está na década de 1970, como resposta a fraudes e má condução de estudos pré-clínicos em laboratórios de testes toxicológicos. Desde então, órgãos como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) passaram a publicar diretrizes robustas que orientam os países membros. Em um ambiente BPL, cada etapa do estudo, do delineamento experimental ao arquivamento de dados brutos, deve ser documentada e auditável. Pilares das boas práticas laboratoriais: Desenvolvimento e gestão de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) Controle ambiental de áreas técnicas e armazenamento Validação de métodos analíticos Rastreabilidade de amostras, reagentes e equipamentos Treinamento técnico contínuo e registros de qualificação de pessoal Vantagens das BPL para Instituições de Pesquisa e Laboratórios Conformidade regulatória: essencial para aprovação de estudos por agências como ANVISA, EMA e FDA. Credibilidade científica: dados confiáveis promovem maior aceitação em periódicos de alto impacto. Eficiência operacional: redução de erros, retrabalhos e custos associados. Melhoria contínua: favorece auditorias internas e externas, além da manutenção de certificações. Como a Biomelting pode ajudar? A consolidação de uma cultura de BPL é mais do que uma exigência normativa: é um diferencial competitivo. Ao investir em metodologias robustas e rigor técnico, sua instituição fortalece a integridade científica e se posiciona como referência no setor. Nosso time técnico está preparado para atuar em parceria com universidades, startups de biotecnologia e laboratórios privados que buscam serviços com elevados padrões em seus processos laboratoriais. Combinamos expertise laboratorial, visão analítica e apoio consultivo para impulsionar projetos que exigem precisão, confiabilidade e adesão às normas de BPL para oferecer serviços especializados em: Sequenciamento de nova geração (NGS) em larga escala Bioinformática aplicada à análise genética Processamento de amostras biológicas com padronização e rastreabilidade Assessoria científica e técnica para projetos de pesquisa e desenvolvimento Quer saber mais sobre as BPL? OECD (Organization for Economic Co-operation and Development). Principles of Good Laboratory Practice (GLP). OECD Series on Principles of GLP and Compliance Monitoring, Number 1, 1998. ANVISA. Guia para Implantação das Boas Práticas de Laboratório. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2021. FDA. Good Laboratory Practice for Nonclinical Laboratory Studies. Code of Federal Regulations Title 21, Part 58, 2020. Marzano, M., Manzari, C., Filannino, D., Pizzi, R., D’Erchia, A. M., Lionetti, C., Picardi, E., Sgaramella, G., Pesole, G., Lanati, A., & De Leo, F. (2017). Good laboratory practices and L.I.M.S. system: the challenge for a Next Generation Sequencing and bioinformatic research laboratory. PeerJ. https://doi.org/10.7287/peerj.preprints.2752v